sábado, 17 de novembro de 2012

28 - PALMARES


BOM DESTINO

CENTRAL BOM GOSTO
O primeiro nome recebido pela usina Pumaty, quando de sua fundação.

COLÔNIA IZABEL
Primeiro nome recebido pela usina Frei Caneca quando foi fundada pelo governo.

FREI CANECA
Inicialmente denominada Colônia Izabel, a usina Frei Caneca foi fundada, em 1886 1887, pelo Governo do Estado de Pernambuco, no município de Maraial. Entre 1904 e 1914 foi arrendada a Leopoldo Lins, quando este fundou a usina Rio Una. Depois foi mais uma vez arrendada, ao senador Fábio da Silveira Barros que, em 1927, a comprou em concorrência pública.
Em 1929, possuía 16 propriedades agrícolas, 27 quilômetros de via férrea, 4 locomotivas e 45 carros. Tinha capacidade para processar 220 toneladas de cana e produzir 1.800 litros de álcool em 22 horas. Trabalhavam na fábrica 200 operários. O transporte da cana e da lenha era feito pela ferrovia própria e os produtos fabricados eram transportados para o Recife pela Great Western.
Durante um certo período a usina foi arrendada ao Dr. Antônio Alves de Araújo, o Cadete, parente do proprietário.
Após a morte do senador Fábio da Silveira foi formada uma diretoria, composta pelos herdeiros, para dirigir a empresa, continuando a usina até hoje como propriedade da família. Apesar de estar localizada na zona mais acidentada de Pernambuco, tornando a mão-de-obra onerosa, devido a boa administração de seus diretores, a usina já tem mais de cem anos de atividades ininterruptas.

PIRANGY ASSU
Já funcionava em 1891. Em 1905 foi adquirida pelo Sr. Cândido Ferreira Cascão. Foi absorvida pela usina Catende.

PUMATY
Situada no distrito de Joaquim Nabuco do município de Palmares (hoje emancipado), foi fundada entre 1888 e 1889, com a denominação de Usina Central Bom Gosto, pelo senhor de engenho José Alves da Silva, no local do antigo engenho central do mesmo nome.
Em 1916, a usina foi reconstruída e seus proprietários, os herdeiros de José Alves, João Davi Madeira e João Oliveira, mudaram seu nome para Usina Rio Preto.
Só em 1920, o nome passou a ser Usina Pumati. Durante algum tempo pertenceu a ingleses, mas em 1922, já tinha como proprietário Manoel José da Costa Filho, um cearense de Barbalha que, juntamente com seus irmãos. fundou a firma Comissária Granvile Etc. Irmãos, negociantes de açúcar de banguê e usinas, Sua primeira moagem como Usina Pumaty foi na safra de 1921 a 1922.
Em 1929, pertencia à firma Tancredo, Costa & Cia, possuía quatro propriedades agrícolas (Pumaty, Bom Gosto, Solidão e Colombo), quatro quilômetros de via férrea, uma locomotiva e 30 vagões. Tinha capacidade para trabalhar 300 toneladas de cana e fabricar 2.000 litros de álcool em 22 horas. Durante a época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 150 operários, não sendo aceitos menores, estrangeiros ou mulheres.
Em 1937, a usina instalou uma fábrica de farinha panificável, porém por falta de mercado e excesso de produção, foi desativada aumentando a crise da usina. Seus proprietários Romero, Marcelo e Túlio Cabral da Costa, no entanto, conseguiram transformar a usina em uma das maiores da região, construindo também uma destilaria de grande porte.
Foi uma das primeiras a adotar a aplicação de calcário e vinhaça e investe muito na produção de novas variedades de cana. Na safra de 1994-1995 produziu 1.500.000 sacos de açúcar e 30.000 litros de álcool. A direção da usina está a cargo de filhos e sobrinhos dos senhores Romero, Marcelo e Túlio Cabral da Costa.

RIO PRETO
O segundo nome da usina.

ROÇADINHO
O senhor Mendo de Sá Barreto Sampaio, veio ainda muito jovem, de Barbalha no Ceará, para o engenho São Manoel, localizado no município de Palmares (área hoje pertencente à zona urbana da cidade). Ficou em companhia de um parente rico que o colocou como administrador de suas terras.
Algum tempo depois esse parente viajou para a Europa. Em pouco tempo ele deixou de ser administrador, pois comprou o engenho Conceição, situado naquele tempo no município de Bonito. No engenho Conceição iniciou suas atividades como banguezeiro, chegando a possuir sete banguês, fabricando açúcar bruto e aguardente. Para tal empreendimento transferiu seus bens de Barbalha, aplicando-os nas fábricas em Bonito.
Evoluiu como senhor de engenho e foi mais adiante, fundando a usina Roçadinho em 1891, no mesmo município, e que hoje pertence à Catende. A usina começou moendo 20.000 toneladas de cana por safra; evoluiu bastante para permanecer 89 anos apitando, sua chaminé fumaçando e ser dono de 32 propriedades.
Quando o senhor Mendo morreu, ficaram dois de seus filhos dirigindo a empresa, os doutores: Alde Feijó Sampaio e Elzir Feijó Sampaio, acompanhados por um gerente agrícola de nome Firmino Correia de Melo, feito pelo senhor Mendo. Ao morrer Firmino Correia (na usina) deixou como herança, o seu lugar, para seu filho José Correia de Melo (Zezinho Correia) que lá ficou até 1974. O segundo dirigente foi FDr. Lael Feijó Sampaio e, por último, Dr. Cid Feijó Sampaio até 1874, quando a usina foi desativada e relocalizada no município de Sã Miguel dos Campos, em Alagoas, sob a orientação do mesmo grupo de Dr. Cid Sampaio, recebendo o nome de usina Nova Roçadinho, ampliada para 2.000.000 de sacos de açúcar e ainda uma destilaria de porte médio para o seu Estado.
Bem próximo ao local onde funcionou a usina Roçadinho, foi criada uma indústria de madeira sintética.

SERRO AZUL
A Usina Serro Azul foi construída na metade do século XIX, entre os anos de 1896 a 1929, pelo coronel José Piauhylino Gomes de Melo Filho. O engenho Camevou, nas margens do rio Una, local onde foi construída a Usina Serro Azul, fica a 22 quilômetros de distância da sede do município de Palmares.
A maquinaria original foi trazida da Inglaterra. Interessante que o coronel batizou a nova usina por ele construída mudando apenas a letra final de Serra para Serro. A usina chegou a possuir 22 engenhos, onde plantava a cana de açúcar para sua produção: Camevou (a sede), Camevouzinho, Liberdade, Aratinga, Fertilidade, Floresta, Serra Azul (a antiga usina), Moscou, Aliança, Mágico, Verde, Mearim, Canário, União, Riachuelo, Penderaca, Vista Alegre, Tambor, Almirante, Rosa Murcha, Barra do Dia e Pará. Após a morte do coronel, em 22 de novembro de 1951, a usina passou a ser administrada por seus filhos e genros.
Em 1967, para sobreviver, os proprietários solicitaram ao Instituto do Açúcar e de Álcool (IAA) que realizasse uma intervenção na indústria. Medida esta aprovada pelo então presidente da república marechal Artur da Costa e Silva.
A família Gouveia de Melo afastou-se e foi residir no Recife. Os antigos funcionários permaneceram em seus cargos. Algumas das melhores casas foram desocupadas para hospedar a equipe de interventores. Era o começo do fim…
Estiveram à frente do processo de intervenção os senhores Luiz Lacerda, Aluízio Ferreira Baltar, Arlindo de Almeida e Zacarias Ribeiro, todos funcionários do IAA.
A intervenção acabou em 1973, quando a usina foi vendida para Fernando Antônio Torres Rodrigues, juntamente com a Usina 13 de Maio, atual Usina Vitória, situada no engenho Catuama, na periferia da sede do município.
Apesar das melhorias implantadas na Serro Azul, o Sr. Fernando é o responsável pela derrubada das matas virgens e o arrendamento dos engenhos, transferindo assim a administração dos mesmos para outras pessoas.
Infelizmente a crise reapareceu. Em 1982, o próprio Sr. Fernando conseguiu a desapropriação da usina e dos engenhos, que passou a ser administrada pela Cooperativa Agrícola Tiriri.
Desativada e abandonada, o patrimônio se encontra totalmente destruído pela ação do tempo.
A área ocupada pela Serro Azul foi promovida a distrito. A rodovia PE-103, recentemente inaugurada, faz a ligação do distrito de Serro Azul com a sede dos munícipios de Palmares (22 km) e Bonito (23 km), trazendo esperança de melhores dias.

TREZE DE MAIO
Foi chamada de Bom Destino no início.

Um comentário:

  1. Peço que façam publicações a partir de dados históricos. O engenho Verde foi vendido após 1920 e o engenho Mearim por volta de 1975.

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