O que era o engenho colonial?
Era a unidade de produção de açúcar no
Brasil Colonial. Compreendia as terras cultivadas, instalações voltadas para a
produção de açúcar e moradias. Eram propriedades dos senhores de engenho, ricos
proprietários rurais que produziam açúcar para a exportação.
Partes do engenho colonial:
- Casa-grande: residência da do senhor
de engenho e sua família. Era o centro de poder do engenho colonial.
- Senzala: moradia dos escravos que
trabalhavam no engenho. Era, geralmente, um local rústico e pouco adequado a
moradia humana em função de suas péssimas condições. Na maioria dos engenhos,
havia correntes onde os escravos eram acorrentados a noite, para evitar fugas.
- Casa dos trabalhadores livres:
pequenas residências simples que seriam de moradia para os empregados do
engenho que não eram escravos. Habitavam estas casas os funcionários do engenho
como, por exemplo, capatazes, operadores das máquinas do engenho e outros
funcionários especializados. Estes recebiam salários pelos serviços prestados
e, geralmente, eram brancos ou mulatos.
- Moenda: maquinário usado no processo
de fabricação do açúcar. Era uma espécie de triturador composto por rolos, que
servia para esmagar a cana-de-açúcar a fim de se obter o caldo da cana. O
moenda podia funcionar através da força (energia) gerada por bois, água
(através de moinho de água) ou humana (escravos).
- Capela: local onde ocorriam as missas
e outros rituais religiosos (casamentos, batismos e etc.). De origem
portuguesa, a maioria dos senhores de engenho e sua família eram católicos. Em
muitos engenhos, os senhores obrigavam os escravos a assistirem as missas.
- Canavial: correspondia a cerca de 20%
do engenho colonial. Era o espaço destinado ao plantio da cana-de-açúcar.
- Curral: local onde eram criados os
animais usados no engenho colonial. Os bois e cavalos eram usados no transporte
de pessoas e mercadorias. Já as vacas e porcos eram criados para a produção de
carne voltada para o consumo interno do engenho.
- Plantações de subsistência: geralmente
cultivadas pelos trabalhadores livres, eram destinadas a produção de verduras e
legumes para o consumo no engenho.
- Rio: geralmente os engenhos de açúcar
eram instalados em áreas próximas aos rios. Como não havia sistema de água encanada
na época, os rios eram de fundamental importância para a irrigação dos
canaviais e também para a obtenção de água para o consumo humano e animal. Em
muitos engenhos havia uma roda d’água que servia para gerar energia e
movimentar a máquina de moer cana.
- Reserva florestal: parte da vegetação
nativa era preservada. Nestas matas, eram retiradas madeiras que serviam para
abastecer os fogões a lenha do engenho.
Você sabia?
No começo da colonização do Brasil (segunda
metade do século XVI), a palavra engenho era usada para designar apenas as
máquinas usadas na produção de açúcar.