A cana colhida é processada com a
retirada do colmo (caule), que é esmagado, liberando o caldo que é concentrado por
fervura, resultando no xarope, a partir do qual o açúcar é cristalizado, tendo
como subproduto o melaço ou mel final. O colmo é às vezes consumido in natura
(mastigado), ou então usado para fazer caldo de cana e rapadura. O caldo também
pode ser utilizado na produção de etanol, através de processo fermentativo,
além de bebidas como cachaça ou rum e outras bebidas alcoólicas, enquanto as
fibras, principais componentes do bagaço, podem ser usadas como matéria prima
para produção de energia elétrica, através de queima e produção de vapor em
caldeiras que tocam turbinas, e etanol, através de hidrólise enzimática ou por
outros processos que transformam a celulose em açucares fermentáveis.
Praticamente todos os resíduos da agroindústria
canavieira são reaproveitados. A torta de filtro, formada pelo lodo advindo da
clarificação do caldo e bagacilho, é muito rica em fósforo e é utilizada como
adubo para a lavoura de cana-de-açúcar. A vinhaça, um subproduto da produção de
álcool, contém elevados teores de potássio, água e outros nutrientes, sendo
utilizada para irrigar e fertilizar o campo. Pode também ser utilizada como
biomassa para produção de biogás (composto basicamente de metano e gás
carbônico).
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